quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Inteligências múltiplas no concurso

Continuando a história do post anterior, li uma coisa no livro do Lair Ribeiro (quando tinha 17 anos), sobre como passar no vestibular, que me marcou muito e que acho muito válida para os concursos. Lair defende que as pessoas têm 3 tipos de inteligência, ou de características predominantes: há os visuais, os auditivos e os cinestésicos. As pessoas que são visuais memorizam melhor aquilo que vêem, os auditivos, o que ouvem, e os cinestésicos, aquilo que sentem. Há vários testes na internet para se identificar como um ou outro. Assim, se você é visual, será proveitoso fazer um mapa mental, que é um resumo em forma de desenho, como um tronco com galhos, apenas com as palavras-chave. Tenho uma colega Procuradora da República que diz que usava esse método e se lembrava perfeitamente daquilo que tinha escrito em cada "galho". Se você é auditivo, pode gravar textos ou aulas, para ouvir depois. Se você é cinestésico, pode fazer resumos, para "sentir" a matéria.

Isso é muito bom para evitar que você perca tempo com a técnica errada. Por exemplo, se você não é visual, não adianta ficar fazendo mapas mentais. Eles são trabalhosos e resultarão pouco benefício. Se não é auditivo, não perca tempo com gravações. Se não é cinestésico, talvez o resumo não seja o melhor para você.

Me parece que isso tem uma consequência importante para quem faz resumos: é melhor fazer o resumo manuscrito que digitado no computador, especialmente se você é cinestésico. Quando escrevemos à mão, o corpo tem que desenhar cada letra, de modo que o aspecto cinestésico é mais estimulado. Cada letra é uma, e você a "sente". Quando digitamos, todas as letras se formam com o mesmo movimento, de modo que a capacidade de memorização do cinestésico, me parece, cairá.

Isso funciona para mim. Sou predominantemente cinestésico (mesmo na época do vestibular, o livro já havia me classificado assim), e um pouco visual. Por isso o resumo manuscrito sempre funcionou. Fiz resumos digitados, e acho que a memorização não foi a mesma. Sou muito pouco auditivo, de modo que se eu não anotava em uma aula, logo estava "viajando". E gravar coisas para ouvir depois, como outros Procuradores da República já me relataram terem feito, é algo que nunca deu certo para mim.

Esse diagnóstico também ajuda a saber como se comportar em aulas. Se você é cinestésico, terá que anotar. Se é visual ou auditivo, talvez seja melhor anotar menos, e se focar na própria aula.

Assim, procure identificar o melhor caminho para você.

7 comentários:

  1. Paulo Henrique Rezende Chagas22 de dezembro de 2011 às 12:14

    Fiz um curso de "aceleração de aprendizagem" esse ano na FADIVALE que abordava exatamente esse tema. Também sou totalmente cinestésico, e ultimamente tenho até trocado as aulas por estudos autônomos fazendo resumos.

    Também concordo que os resumos manuscritos são mais proveitosos para memorização, mas acabo os fazendo digitando. Isso porque como a matéria é extensa, escrever nos consome muito mais tempo do que digitar.
    Tento compensar lendo e relendo os meus resumos digitados, passando marca texto e fazendo exercícios com a matéria. Fazer EXERCÍCIOS pra mim é essencial.

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  2. Paulo Henrique Rezende Chagas22 de dezembro de 2011 às 12:49

    Uma sugestão de tópico/dúvida que eu tenho é a seguinte:

    Tenho adotado o método de estudar por 2, 3 e até 4 doutrinas a mesma matéria.
    Como ainda estou na graduação, tenho a facilidade do acesso à biblioteca.

    É impressionante como uma doutrina aborda mais ou menos certos pontos, e como os doutrinadores divergem sem avisar !

    Porém isso consome muito muito tempo. É aconselhável esse método de estudo ?

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  3. Paulo Henrique, daí dizer-se que o estudo para concurso é diferente do estudo acadêmico.

    Bruno Arruda

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  4. João Paulo Bezerra de Menezes22 de dezembro de 2011 às 15:40

    Olá! Certo ou errado, leio os informativos dos tribunais superiores e os resumo à mão, no velho papel almaço, na esperança de assimilar melhor.

    Abs!

    @jpvbm

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  5. Dr. Edilson, eu também li esse livro de Lair Ribeiro. E achei interessante essa abordagem.
    Sou muito visual, e um pouco cinestésico. Quase nada auditivo.
    Assim, se pego uma apostila, anotações ou um bom livro para concurso e "me trancafio" numa biblioteca, meu estudo rende ao máximo.
    Obrigado pelo post e pelo blog,sempre muito bom.
    E...Feliz Natal e Próspero 2012!
    Abraço,
    Álvaro

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  6. Dr. Edilson, adoro seu blog!! Sempre tem posts e dicas muito úteis aos concurseiros. Fiz um teste na internet e confirmei o que já sabia - sou visual. Os mapas mentais me ajudam muito. Obrigada!

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  7. Dr. Edilson, adorei conhecer seu blog e tirar minhas dúvidas!!! Eu realmente não gosto dos apas mentais, sou como vc, cinestésica, e aprendo escrevendo à mão!! Já estava achando que estava estudando de forma errada, mas suas dicas me mostraram que estou no caminho certo!!! Obrigado!!!

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