segunda-feira, 25 de agosto de 2014

20 páginas por dia: o desafio 2

Quando escrevi o post “20 páginas por dia: o desafio”, não faltou quem dissesse que esse plano era maluco e que nunca terminaria a matéria se lesse só 20 páginas por dia. Pois bem, recebi um comentário tão interessante na postagem que resolvi destacá-lo aqui, já que muita gente não lê os comentários. Desde já, agradeço ao autor do comentário e passo a citá-lo literalmente:

“Pensando no aludido pelo professor montei um planejamento simples, vejamos:

Para concluir a leitura das "6 irmãs"elencadas logo abaixo é necessária a leitura de aproximadamente 9.731 páginas pelos livros elencados a seguir:

1-Direito Constitucional
Curso de Direito Constitucional
Dirley da Cunha Jr - 1.047 páginas

2-Direito Administrativo
José dos Santos Carvalho Filho ou Celso Antônio Bandeira de Mello Malheiros - 1.285 páginas

3-Direito Civil
Manual de Direito Civil - Volume Único. Flávio Tartuce. - 1.552 páginas

4-Direito Processual Civil
Manual de Direito Processual Civil
Daniel Amorim Assumpção. Volume Único – 1.476 páginas

5-Direito Penal
Manual de Direito Penal - Parte Geral – V. Único (Pág. 490)
Manual de Direito Penal - Parte Especial – V. Único (Pág. 841)
Rogério Sanches Cunha (Página 1.331)

6-Direito Processual Penal

Renato Brasileiro 1.709 páginas

TOTAL DE 9.731 PÁGINAS

Lendo 20 páginas por dia você conclui a bibliografia elencada em 486 dias, ou seja, 1 ANO e 7 MESES sem estudar Sábados e Domingos. Ao meu ver é um ótimo negocio, rs.

1 ANO = 365 DIAS
1 ANO(Sem contar Sábados e Domingos) = (365-96) = 269

Observação: Como elencou o Professor não adianta concluir a bibliografia e não lembrar de nada ao final, por isso é importante um método de fixação (resumos, resolução de exercícios e leitura dos resumos periodicamente).

Meu muito obrigado Professor pelas orientações.
Fraterno abraço!!!”

Então, lendo 20 páginas por dia, é possível estudar as 6 matérias principais em apenas 1 ano e 7 meses, sem estudar sábados ou domingos. Parece muito? Eu diria que não. Considere, por exemplo, que você tem que esperar 3 anos para prestar concursos da magistratura ou do ministério público. Ainda restariam 17 meses para estudar as outras matérias e ainda ficar no prazo mínimo exigido. Também é preciso considerar que, em média, as pessoas estudam mais do que isso para ser aprovadas. E, é claro, lendo 20 páginas por dia, você terá tempo para aplicar um excelente método de fixação, que o permita, de fato, apreender o que estudou.


Em síntese, trocar quantidade por qualidade é um grande negócio, mesmo quando você leva em consideração o tempo que vai levar para cumprir seu cronograma.

sábado, 23 de agosto de 2014

A importância de diagnosticar seus problemas

Muitas coisas vêm mudando na minha vida ultimamente, as quais pretendo compartilhar com vocês aqui no blog. Mas essa semana aconteceu uma que me fez refletir muito sobre algo que já escrevi aqui e que considero muito importante: a importância de identificar seus próprios defeitos.

Essa semana, troquei meu computador por um Mac. Isso era algo totalmente improvável para mim. Meu lado nerd nunca foi voltado para a informática. Sempre fui um usuário básico e levei muito tempo para superar as limitações de um razoável digitador de textos. Sou, devo confessar, da geração que entrou na adolescência ainda dividindo o MS-DOS e a máquina de escrever, coisas, ambas, que a maioria de vocês sequer deve ter visto em funcionamento. Eu já era bem grandinho quando surgiu o Windows 98. Computador não era pra mim. 

Mas o que mudou? O que mudou é que eu não aguento mais o Windows. O combo lentidão-travamento-reiniciar não funciona mais para mim. Mas, há 2 anos atrás, a Microsoft lançou um Windows prometendo uma revolução de tecnologia. Era o Windows 8. E qual foi a revolução? Acabou o botão iniciar. O desastre foi tão grande que, meses depois, eles lançaram um patch para voltar com o botão iniciar. 

Qual é a lição que podemos tirar disso para os nossos estudos? É preciso diagnosticar e corrigir o que está errado. Será que havia um usuário de computador, no mundo, que tivesse problemas com o botão iniciar? Vocês já ouviram alguém dizendo “eu odeio o Windows porque tem aquele botão antipático olhando pra mim do lado esquerdo da tela!”. Com certeza, não. 

Se você não entende o que está errado com o seu estudo, você é como o Pérola Negra (barco dos Piratas do Caribe) navegando sem aquela bússola engraçada. Você só irá para o lado certo por coincidência. E, muito provavelmente, irá para o lado errado. 

Eu vejo muitos alunos que não passaram de uma única primeira etapa com os livros do Marinoni e do Gilmar Mendes debaixo do braço, porque leram no Correioweb ou mesmo aqui no meu blog que eles são os melhores livros. Ok, são mesmo, mas o que adianta ter uma Ferrari se o que você quer é fazer um omelete? Toda ferramenta só é perfeita se aplicada na situação certa. Se você não passa na primeira etapa, o que você tem que ler é a lei, as súmulas do STF e STJ e, quem sabe, algum livro bem estilo resumo. 

Tenha muito cuidado com o ambiente de cursinho. Não caia na história de que você tem que ler o livro que o colega está lendo, porque é “muito mais profundo”. Se a sua prova não vai cobrar profundidade, não perca seu tempo nem seu esforço com livros profundos. Quando o colega te mostrar o Gilmar, não tenha vergonha de esfregar o Pedro Lenza na cara dele. 

Desculpem os leitores fiéis pela insistência nesse ponto. É que, quanto mais eu vivo nesse meio, mais eu vejo que esse é um problema “top 10” dos alunos. Entram na onda de exibir um conhecimento desnecessário para o concurso ao qual estão se submetendo e acabam demorando muito mais do que poderiam para passar. Saiba o que está errado com o seu estudo e procure o caminho certo para chegar onde você quer.