Como disse no post anterior, li mais do que eu
imaginava que fosse possível ler durante este semestre que se finda. E
isso me ensinou uma coisa nova sobre resumos. É mais fácil resumir o
texto depois de já tê-lo lido. Muitas pessoas sempre me perguntaram se
deveriam fazer o resumo ao final da frade, do parágrafo, da página ou do
capítulo. Minha resposta sempre foi que era melhor ir lendo e resumindo
à medida que se lesse. Mudei de opinião. Acho que, pelo menos quando se
lê textos complexos (e, accreditem, o que eu li nesse semestre era
complexo para valer!) é melhor fazer uma primeira leitura, sublinhando, o
que lhe permitirá compreender melhor onde o autor quer chegar. E
depois voltar lendo apenas aquilo que se sublinhou e, aí sim, fazer o
resumo. Pode parecer mais trabalhoso, mas o resumo fica muito menor.
Isso vale especialmente para os textos teóricos (teoria da constituição,
por exemplo, que tem sido uma matéria muito cobrada). Quando você
sabe qual a conclusão da teoria, pode selecionar melhor quais as
premissas merecem ou não ser incluídas no resumo. Se você já resume à
medida que lê, acaba se sentindo obrigado a resumir muita coisa, já que
não sabe ainda o que é importante ou não. E, em qualquer teoria, nem
todas as premissas são importantes para a compreensão. Muitas vezes o
autor apenas as analisa para evitar ou rebater alguma crítica, mas, para
o estudante, são desnecessárias.
Se você vem fazendo resumos, acho que essa pode ser uma boa
técnica: leia o capítulo sublinhando. Ao terminar, releia apenas aquilo
que sublinhou e faça o resumo. A fixação, na experiência que tive, foi
excelente, e o tempo para elaboração do resumo diminuiu muito,
de maneira que o custo-benefício me parece muito bom.