quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O chifre e a cabeça do cavalo IV

A essas alturas, você deve estar se perguntando: "mas Edilson, se eu não procurar chifre em cabeça de cavalo, vou cair em todas as pegadinhas"! De fato não é fácil equilibrar a detecção das pegadinhas com os chifres em cabeça de cavalo. Como tudo na vida, a virtude está no meio: é preciso ter maldade, mas é proibido se perder em divagações. E a maldade que você aplica na análise deve sempre ser pautada pela análise do grau de correção da alternativa, a que me referi anteriormente. Você deve pensar: "acho que essa está errada pois há uma pegadinha aqui". Mas não pare por aí. Adicione: "se essa pegadinha existir mesmo, essa será a mais errada entre as alternativas"? Se positivo, ok, marque essa. Em caso negativo, pule fora. Sempre opte pela alternativa que lhe pareça mais correta, ainda que você tenha a pulga atrás da orelha com uma outra. É claro que isso não é fácil, nem é uma coisa para se conseguir de um dia para o outro. Mas, na minha experiência, posso afirmar a você, com toda tranquilidade: é muito mais comum as pessoas errarem questões em razão de ficarem procurando pegadinhas que não existem, esquecendo de marcar as questões mais óbvias, do que, por tentarem ver a obviedade, caírem na pegadinha.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O chifre e a cabeça do cavalo III

Em uma questão de múltipla escolha, há 3 tipos de assertivas: absurdas, corretas e duvidosas. O problema está nessas últimas. Não é segredo para ninguém que as questões de múltipla escolha nem sempre são bem elaboradas (vide o número de questões anuladas) ou não conseguem exprimir para o candidato o que o examinador deseja. Assim, a melhor metodologia para responder a essas questões é, em primeiro lugar, eliminar as absurdas (sempre 1 ou 2) e depois lidar apenas com as restantes. Se houver uma obviamente correta, não fique procurando chifres na cabeça de cavalo da duvidosa. Marque sempre a mais correta. Não perca tempo pensando sobre o recurso que você pode fazer para anular aquela questão. Quem julga o recurso é, em regra, o próprio examinador. Assim, se estiver em dúvida entre 2 ou 3 alternativas, pense sempre: "qual dessas é a mais correta". Esse simples juízo pode lhe salvar um acerto.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O Chifre e a cabeça do cavalo II

Lida a questão atentamente, você vai perceber se ela quer saber qual é a alternativa certa ou qual é a errada. A partir daí, você deve ler cada alternativa com atenção e, ao final, pensar: isso que acabei de ler é certo, errado ou eu não sei? Se for certo, coloque um "C". Se for errado, um "E". Se não souber, "?". Ao final, tendo classificado assim as alternativas, basta conferir no enunciado se o que você quer é a certa ou a errada, e marcar sem dúvida.

Leia todas as alternativas. Mesmo que você tenha certeza que a alternativa a ser marcada é a letra "a", nunca encerre a questão por aí. Muitas vezes, as outras alternativas lhe mostrarão que seu raciocínio está errado ou que há uma alternativa mais errada que aquela, tema que abordarei no próximo tópico.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O chifre e a cabeça do cavalo: questões de múltipla escolha

Questões de múltipla escolha são um tormento na vida do concursando. Especialmente para a turma do Direito. É que nós somos subjetivos demais, argumentativos demais, e, com isso, temos a enorme tendência de querer argumentar com a questão. Quem já não se pegou lendo uma múltipla escolha e pensando "é, não é bem assim", ou "depende do autor ao qual você se filia". Em síntese, o problema é que nós procuramos chifres em cabeça de cavalo. Falta-nos técnica para resolver questões de múltipla escolha. Tentarei, aqui, passar algumas dicas aos meus fiéis leitores:

1) Leia a questão atentamente.

2) Leia a questão atentamente. Perdoem-me pela redundância, mas o maior índice de erros em questões de múltipla escolha se dá pela leitura superficial ou desatenta da questão. É preciso ler uma múltipla escolha palavra por palavra.

Estudos já comprovaram que nossos olhos são treinados para reconhecer uma palavra como um todo, e não letra por letra. Do mesmo modo, lemos as frases de modo corrido e esquecemos de detalhes, de "excetos", de "nãos" e outras coisas que nos levarão para o buraco. Lembre-se, como eu já escrevi anteriormente, o problema não é errar o que você não sabe, é errar o que você sabe.