segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Pós prova e confirmação do curso para a prova oral

Passou a primeira etapa do MPF. Para o bem ou para o mal, passou. Agora é hora de relaxar um pouco e aguardar a divulgação do gabarito. Hoje li uma mensagem que recebi por e-mail, de uma candidata que prestou o concurso, que acho que representa muito bem tudo o que eu penso sobre trilhar um caminho saudável no rumo da aprovação. Peço licença para transcrever.

Professor, obrigada pelas dicas. Ri muito com a passagem do piquenique na prova. Quanto a estudar ou não na véspera, não terei escolha. Felizmente ou infelizmente, amanhã eu tenho outra prova, terceira fase do Mp Rj. Estava pensando em não ir para ficar estudando, mas vou. Não estudei especificamente para a prova estadual, já que há examinadores com entendimentos muito minoritários e não é o que eu quero para minha vida. Meu tempo pra estudar é  curto porque trabalho muito. Passei os últimos dias de férias e dormindo pouco. Mas consegui cumprir quase tudo do edital. Suas aulas sobre os índios ajudaram muito, assim como as dicas do blog. Procurei seguir todas. Estou bem calma para as provas mas não sei se o que estudei será suficiente. No último eu perdi no grupo de internacional, e dessa vez estudei muito essa parte. Estou com medo dos grupos 3 e 4 mas espero sinceramente participar do próximo curso que o Sr for dar para a prova oral do MPF. Obrigada por tudo e torce por mim. Não vejo a hora de começar a trabalhar como Procuradora da República. Há muita coisa boa para ser feita no Brasil e no mundo e o MPF é um grande canal de convergência de boas ações. A cada dia que passa eu me sinto mais feliz por ter oportunidade de estudar tudo que cai nesse concurso. São temas lindos, que só geram mais ânimo para continuar estudando.  Obrigada.

A mensagem representa, em primeiro lugar, o espírito que deve ter um candidato que se dirige a uma prova: a alegria de aprender cada vez mais a cada concurso, mesmo enfrentando experiências adversas anteriores. A insegurança natural de quem se prepara, mas sabe que está indo fazer a prova mais difícil do país. Além disso, a história demonstra várias afirmações que já fiz aqui no blog:

1. É possível e desejável conciliar concursos diferentes, elegendo um como foco, mas não deixando de fazer outras provas.

2. É possível estudar e trabalhar, e ainda obter bons resultados.

Mas o mais importante, e o mais bonito que achei na mensagem é a necessidade de se ver a carreira para a qual se candidata como um ideal. Não um ideal de salário, de estabilidade na vida ou de um "servicinho tranquilo". É o ideal de ingressar numa carreira para se buscar fazer a diferença em um país tão pobre, em que a população, mesmo a mais pobre, paga tantos impostos também para sustentar os ótimos salários pagos aos aprovados em concurso público.

Na era dos concurseiros, é sempre bom reforçar o idealismo.

Torço muito para que minha leitora e todos os meus outros leitores estejam no meu próximo curso para a prova oral. Por hora, para aqueles que já estão aprovados no 25º, está confirmado o curso, nos dias 10 e 11 de fevereiro, em São Paulo. Segundo me disseram no Verbo Jurídico, restam poucas vagas. Espero vê-los lá. Passada a primeira etapa, voltarei a postar dicas para a prova oral.

5 comentários:

  1. Professor, boa noite!

    Meio que por acaso, estou fazendo o meu 1º concurso para o MPF. A escolha se deveu mais pela ausência de provas no curto prazo. Como estava concentrado no MPCE e, quem acompanha, sabe que aquele concurso está enrolado (suspenso pelo CNMP), precisava colocar outra coisa na cabeça para conseguir continuar nos estudos.

    Para felicidade minha, encontrei o seu blog, passei o olho em tudo e fiz algumas adaptações de dicas para aplicá-las na minha vida de estudante.

    Partindo para o que interessa: tive a impressão de que a prova do MPF é possível. Não é aquele bicho-papão que muitos pregam por aí. Agora, é uma prova difícil, grande, e que por ser grande tem grandes méritos (e grandes deméritos também).

    Para finalizar, gostaria de agradecer pelas dicas, sempre muito pertinentes. O Sr. possui uma honestidade rara de se ver. Nesse mundo dos concursos, muitos outros cobrariam para dar essa contribuição, que aqui é gratuita.

    O que era uma simples e esquecido desejo de um aluno de faculdade pode se tornar real, sendo que as ideias do Sr. foram muito importantes para colocar o MPF dentro das minhas preferências profissionais.

    Muito obrigado e até o gabarito!
    O grupo IV promete!

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  2. Prezado Edilson,
    Fiz a prova ontem. Como o meu foco não é o MPF (mas Delegado da PF) eu sequer havia feito uma prova anterior do concurso do MPF.
    Conhecia a regra de que 4 erradas eliminam uma certa pela Resolução 116, mas não tinha parado para pensar no assunto (total falta de planejamento, é verdade).
    Apenas depois da prova que pensei no assunto (e, na realidade, percebi a burrice que fiz; pois acredito que teria chance de passar para as próximas etapas): pelo meu raciocínio marcar 23 questões seria melhor que marcar 21 (ou 22, 20 ou 19), independentemente de qualquer conhecimento sobre a questão. Isso porque, de qualquer forma (19 a 23) você precisa acertar 16, então marcar a mais é evidente vantagem.
    Está correto o raciocínio? Você poderia falar um pouco sobre estratégia em razão dessa regra (4 erradas eliminam uma certa)?
    Abraço,

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  3. Mandei email comparando a prova do 26 com a prova do 25, no qual ainda estou na disputa. São impressões pessoais sobre os 4 grupos.

    Bruno barros

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  4. Olá, Prof.!
    Me identifiquei muito com o relato da sua aluna (sou sua aluna também, todos somos). A cada matéria que fui vencendo no edital, fui criando mais gosto, mais vontade de estudar pra entrar na carreira.. e olha que já era meu objetivo desde que me formei.
    Muito embora não acredite que consiga passar nesse 26o (por conta do GIII), não desistirei do MPF, principalmente depois de ter criado tanto gosto pelo conteúdo e principalmente pela tônica mais humanista que o concurso vem ganhando.
    Já trabalho na instituição como técnica (atualmente na PR-MG - é, eu vi os e-mails de sua despedida...), estou esperando ser nomeada pra analista.. não mudarei meu caminho!
    Obrigada pela força e pelas dicas que você dá - são muito valiosas!
    E dá muita alegria saber que há mais pessoas que pensam em entrar no órgão pra cumprir o que eu considero seu papel precípuo - ajudar a construir uma sociedade e um futuro melhor. O que não faltam são meios pra isso.

    Um abraço.

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  5. Olá, estou conhecendo o blog e vendo os posts antigos. Que belo exemplo esse email da candidata! Estou terminando meu curso de direito este ano e decidindo para onde vou. Depois de dar uma olhada nas provas anteriores para entender porque dizem tanto que é a prova mais difícil do Brasil eu entendi! Se por um lado os temas são bem aprofundados e a prova é difícil, por outro, como disse candidata, é uma oportunidade de estudar muita coisa interessante que não vemos numa graduação. Espero que ela tenha realizado o sonho dela já, e parabéns pelo blog!

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