domingo, 10 de setembro de 2017

Meu livro citado pelo Supremo Tribunal Federal

Minha atividade como professor começou há aproximadamente 8 anos, no blog. Na época, eu tinha dúvidas se a levaria adiante. Por muito que eu adore ser professor, simplificar as coisas complexas e me alegre em ver o aluno entender algo que ele achava impossível, sempre tive o sonho, a ousadia, de contribuir para o conhecimento científico do direito. Ainda que fosse uma contribuição pequena.

Pode parecer que não, mas essas coisas são vistas, no Brasil, como incompatíveis, em algum grau. O professor que é didático não costuma ser visto como “sério”. Se escreve para concursos, não merece ser lido academicamente. Poucos são os que conseguem fazer a transição de um lado para o outro. Fredie Didier e Pablo Stolze são algumas das poucas exceções que confirmam a regra. 

Mas nesta semana eu tive uma das maiores alegrias da minha vida acadêmica: meu livro “Estatuto da Igualdade Racial e Comunidades Quilombolas” foi citado pelo Supremo Tribunal Federal. Mais ainda, foi uma citação longa, com transcrição de quase duas páginas. E não foi citado em julgamento monocrático ou em Recurso Extraordinário, mas no julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade 41, o julgamento mais importante do STF sobre igualdade racial desde a ADPF 186. Finalmente, foi citado pelo Ministro Edson Fachin, a quem eu respeito profundamente, não apenas como Ministro, mas como um dos maiores acadêmicos do Brasil. 

Por isso, compartilho com vocês minha alegria e, sobretudo, minha gratidão. Gratidão por vocês terem cobrado a reedição dos livros, pedido novos posts sempre que o blog para e insistido que eu continuasse. Nem sempre foi fácil. Mas esta semana constituiu um momento de clareza, que mostrou que posso continuar fazendo duas coisas que me dão muita alegria: ser professor e ser pesquisador. Contribuir com os estudantes, mas também com o avanço da ciência do Direito. Obrigado! 





9 comentários:

  1. Nenhuma surpresa professor. Eu já havia lido essa passagem em seu livro e na ocasião achei tão lúcido o raciocínio, que me indaguei de o porquê a questão não estar pacificada. Era tão óbvia a resposta. Fiquei aliviada com o relatório do Ministro... Minha admiração e respeito por ter oferecido a resposta ao imbróglio.

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  2. Parabéns professor! Acho que já li quase todas as suas postagens. Posso dizer que aprendi muito com os seus ensinamentos delineados aqui no blog. Aprendi que não devo me preocupar com a quantidade de horas que estudo, mas com a qualidade do estudo. A técnica da elaboração dos resumos é muito válida. Trata-se de um ótimo método de fixação. Enfim, aprendi muito aqui. Deus continue te abençoando. Ass: Tiago

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  3. Professor, meus parabéns, é merecido.
    "Nenhuma surpresa", como foi dito no comentário acima.
    Continue, e lembre-se de uma coisa Dr. Edilson, o senhor é exemplo para muita gente, sem sombra de dúvidas!

    Afinal, como diz o senhor: "Não tem almoço grátis, alguém irá pagar", obviamente, tu sabes bem o preço disso.
    PARABÉNS PROFESSOR!

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  4. Parabéns Dr. Edilson. Acompanho o seu blog há muito tempo e é um dos melhores que existem. Gosto muito do seu estilo direto, sem arrodeios, e sua honestidade intelectual. Acredito que em breve a sua tese de doutorado também será citada pelos Tribunais Superiores. Um abraço.

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  5. Parabéns, Professor Edilson!
    O STF prova algo que sempre percebi: Seu comprometimento, zelo e dedicação à Ciência Jurídica.
    Sou muito grato em ser seu aluno.
    Um forte abraço!

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  6. Muito merecido professor! Imagino a sua alegria e felicidade de contribuir efetivamente não só com a ciência jurídica, mas com o Brasil. Parabéns!

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  7. Eu vivo falando que esse livro é life-changing. Livro que faz pensar e permite que o leitor elabore suas conclusões. Esse tema não é fácil de expor, e vem ficando cada vez mais difícil falar disso, pois a oposição não conversa, grita. Parabéns pelo reconhecimento.

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