sábado, 23 de agosto de 2014

A importância de diagnosticar seus problemas

Muitas coisas vêm mudando na minha vida ultimamente, as quais pretendo compartilhar com vocês aqui no blog. Mas essa semana aconteceu uma que me fez refletir muito sobre algo que já escrevi aqui e que considero muito importante: a importância de identificar seus próprios defeitos.

Essa semana, troquei meu computador por um Mac. Isso era algo totalmente improvável para mim. Meu lado nerd nunca foi voltado para a informática. Sempre fui um usuário básico e levei muito tempo para superar as limitações de um razoável digitador de textos. Sou, devo confessar, da geração que entrou na adolescência ainda dividindo o MS-DOS e a máquina de escrever, coisas, ambas, que a maioria de vocês sequer deve ter visto em funcionamento. Eu já era bem grandinho quando surgiu o Windows 98. Computador não era pra mim. 

Mas o que mudou? O que mudou é que eu não aguento mais o Windows. O combo lentidão-travamento-reiniciar não funciona mais para mim. Mas, há 2 anos atrás, a Microsoft lançou um Windows prometendo uma revolução de tecnologia. Era o Windows 8. E qual foi a revolução? Acabou o botão iniciar. O desastre foi tão grande que, meses depois, eles lançaram um patch para voltar com o botão iniciar. 

Qual é a lição que podemos tirar disso para os nossos estudos? É preciso diagnosticar e corrigir o que está errado. Será que havia um usuário de computador, no mundo, que tivesse problemas com o botão iniciar? Vocês já ouviram alguém dizendo “eu odeio o Windows porque tem aquele botão antipático olhando pra mim do lado esquerdo da tela!”. Com certeza, não. 

Se você não entende o que está errado com o seu estudo, você é como o Pérola Negra (barco dos Piratas do Caribe) navegando sem aquela bússola engraçada. Você só irá para o lado certo por coincidência. E, muito provavelmente, irá para o lado errado. 

Eu vejo muitos alunos que não passaram de uma única primeira etapa com os livros do Marinoni e do Gilmar Mendes debaixo do braço, porque leram no Correioweb ou mesmo aqui no meu blog que eles são os melhores livros. Ok, são mesmo, mas o que adianta ter uma Ferrari se o que você quer é fazer um omelete? Toda ferramenta só é perfeita se aplicada na situação certa. Se você não passa na primeira etapa, o que você tem que ler é a lei, as súmulas do STF e STJ e, quem sabe, algum livro bem estilo resumo. 

Tenha muito cuidado com o ambiente de cursinho. Não caia na história de que você tem que ler o livro que o colega está lendo, porque é “muito mais profundo”. Se a sua prova não vai cobrar profundidade, não perca seu tempo nem seu esforço com livros profundos. Quando o colega te mostrar o Gilmar, não tenha vergonha de esfregar o Pedro Lenza na cara dele. 

Desculpem os leitores fiéis pela insistência nesse ponto. É que, quanto mais eu vivo nesse meio, mais eu vejo que esse é um problema “top 10” dos alunos. Entram na onda de exibir um conhecimento desnecessário para o concurso ao qual estão se submetendo e acabam demorando muito mais do que poderiam para passar. Saiba o que está errado com o seu estudo e procure o caminho certo para chegar onde você quer. 

2 comentários:

  1. Uma vez no OS X e você jamais irá querer retornar ao Windows. Gosta de osso quem não conhece o filé. Excelente mudança!

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  2. Há quatro anos, mudei para o OS X. Desde então, não perdi mais textos pela metade (por conta de falhas do Windows e/ou do Word para Windows...), não mais tive que formatar HDs e reinstalar tudo novamente, nem me preocupei mais com vírus (e, por conseguinte, com os famigerados programas de antivírus...). Só lamento de não ter conhecido um computador tão bom - que, hoje, inicia tão rapidamente como no primeiro dia de uso, mesmo utilizando uma versão do OS X mais morderna - antes. Como disse o Weverton, quem migra para ele jamais quererá retornar ao sistema da Microsoft...

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